NEGACIONISMO

Ratinho nega aquecimento no SBT e diz que “não adianta” preservar apenas a Amazônia

Apresentador comentou tornado no Paraná, estado governado pelo filho, e disse que fenômenos naturais "sempre existiram"

Apresentador Carlos Massa Ratinho com terno azul e óculos de aro azul no palco do seu programa no SBT com fundo roxo
Carlos Massa, o Ratinho; apresentador disse que não adianta preservar apenas a Amazônia (foto: Reprodução/SBT)

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O apresentador Ratinho usou seu programa no SBT para fazer declarações polêmicas sobre o meio ambiente. Na noite de segunda-feira (10), o comunicador negou o aquecimento global e minimizou a importância da preservação da Amazônia. O desabafo ocorreu ao comentar a destruição causada por um tornado em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, estado governado por seu filho Ratinho Júnior (PSD).

Carlos Massa questionou a relevância da floresta para a influência no clima global. “Quero aproveitar pra falar… Rio Bonito do Iguaçu. A cidade foi destruída”, iniciou. “Quando vejo o pessoal falando do planeta (…) O Amazonas tem só 1% de todo o globo terrestre”, disse. “Então, não vai adiantar nada você preservar 1%, tem que preservar tudo”, declarou o contratado do SBT.

O apresentador também negou que o tornado no Sul tenha ligação com mudanças climáticas. “Quando vem essas coisas, as pessoas falam: ‘O mundo tá mudando’. Não, essas coisas sempre teve [sic]”, opinou. “É que antigamente não era divulgado, não tinha internet. Agora, aconteceu qualquer coisa, todo mundo divulga. Foi uma tragédia”, completou Ratinho.

A opinião do apresentador, contudo, vai contra o consenso de especialistas. Cientistas afirmam que fenômenos extremos, como o tornado no Sul, podem estar ligados às mudanças climáticas. Além disso, a própria cidade de Rio Bonito do Iguaçu, citada por Ratinho, aparece em rankings negativos de preservação ambiental, segundo a organização SOS Mata Atlântica.

De acordo com o levantamento da entidade, Rio Bonito do Iguaçu foi a cidade brasileira que mais desmatou a Mata Atlântica entre 1985 e 2015. Pelo menos 24,9 mil hectares de floresta foram destruídos no período. O volume de devastação na região é equivalente à área total de uma capital como Fortaleza.

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